31 de mar. de 2010

Lições Chaplianas

Sempre admirei o trabalho de Charles Chaplin. A palavra completo talvez sirva para definir um artista como ele, que foi ator, diretor, dançarino, roteirista e músico. Um dos atores mais famosos do período conhecido como Era de Ouro no cinema dos Estados Unidos, Chaplin deixou como legado personagens até hoje muito imitados, como o Vagabundo: para se ter ideia, de 1917 a 1918 o ator de cinema mudo Billy West fez mais de 20 filmes imitando meticulosamente este personagem.

Chaplin é uma das pessoas que eu gostaria muito de ter conhecido pessoalmente. Imagino como seria prazeroso ter um dedinho de prosa com ele que, ao permitir imitações, tornou-se a arte de inventar, divertindo e agradando seu público. Fico imaginando como seria estupendo ouvi-lo dizer alguns de seus tantos pensamentos expostos em vários sites por aí. Tem um que gosto muito, que fala sobre sermos o escultor responsável por dar forma ao nosso dia. "Posso reclamar por ter que ir trabahar ou agradecer por ter trabalho. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar", dizia ele.

Por mais difícil que possa ser distinguirmos os materiais e as técnicas para esculpir nossa vida a fim de nos sentirmos satisfeitos com ela, acho que é possível. Assim como um artista precisa treinar e, às vezes, refazer um trabalho, para conseguir o resultado desejado, ao esculpir nosso dia, é como se estivéssemos sentados no primeiro carrinho de uma montanha-russa. Subidas, descidas, confusões que parecem deixar o mundo de cabeça pra baixo, retas que parecem não ter fim... desse jeitinho mesmo, meio piegas assim. O que importa é que, ao estacionar, possamos ter um sorriso no rosto e, no pensamento, a certeza de que tudo valeu a pena.

É como diria meu amigo Chaplin: "A vida é maravilhosa para quem não tem medo dela".
[ ... ]

30 de mar. de 2010

Declaração

Ah, quanta coisa eu gostaria de traduzir em palavras e escrever aqui, para leitores que não sei nem se existem. Quanta coisa eu gostaria de desabafar numa ânsia agoniante de me desfazer das sensações ruins: da insegurança que me deixa abatida, até a raiva que me permito sentir sem medo. São muitos pensamentos translúcidos, que se completam com sonhos melancólicos. É deitar a cabeça no travesseiro para eu me dar conta de que a luz no fim do túnel parece cada vez mais distante. Como se não bastasse, sonhos se tornam pesadelos e levam meu sono para outro mundo... um mundo no qual a lua já dorme e o sol queima meu rosto até arder. A estrada não é de tijolinhos amarelos, não há um arco-íris para animar com suas cores vivas, tampouco vejo alguém ao meu lado. Aqui, me aproprio do pensamento exposto por um amigo em seu blog há alguns dias (lê-se Filipe Ferrari, em http://megustaeltango.blogspot.com): "Afinal de contas, ainda é melhor abraçar privadas estranhas e indignas do que amigos que no momento de dificuldade somem, omitem-se, ou pior ainda, são indiferentes. E, mesmo tempos depois, passado os períodos ruins, não conseguem mais ser vistos como “amigos”. Talvez conhecidos, parceiros de algum churrasco inócuo, ou um chopinho sem vergonha e descompromissado, onde não há mais a cumplicidade muda e silenciosa de outrora".

Rir sozinho não tem tanta graça, mas chorar sozinho abunda a tristeza. Não há necessidade de colo, de desabafo. Há a esperança, apenas, de alguém por ti, mesmo que de longe, ainda que em silêncio. É um bem mais que bem querer. É saber que dependemos de várias pessoas, mas não de seres negligentes e egocêntricos. Não é mais o conceito de beleza finita que me preocupa. O que me angustia agora é a falta de caráter. Afinal, a beleza pode passar, mas o caráter sempre será lembrado, seja de forma positiva, seja por uma porção de dejetos compartilhados.

Declarações de amor não me sensibilizam mais. São só palavras despejadas em uma ordem bonita, métrica, rítmica. O que me mantém é o amor. O sentimento verdadeiro, demonstrado num simples abraço, ou mesmo num bom dia virtual. É o amor sem segundas intenções, transbordando em fraternidade. É uma sensação que não hostiliza, não disvirtua, não sofre preconceitos. É como ensina sábio livro: "Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se eu não tiver amor, nada serei..."

Aí eu me pergunto: somos alguém que valha a pena ter do lado enquanto não formos capazes de olhar não só para nosso próprio umbigo, mas também por aqueles que podem se sentir frustrados e atacados com determinadas atitudes? O tempo ajuda a cicatrizar: a ferida fecha, mas a marca fica. Ao olhar no espelho os momentos vividos surgem aos montes. A lágrima, mesmo que insista em escorrer, é rapidamente cortada por mãos que não querem mais se prender a nada, a ninguém. Só querem amor.
[ ... ]

29 de mar. de 2010

Confusão diária

O que é ser careta? O que é ser preconceituoso? O que é ser livre para pensar do jeito que quiser sem ser julgado de maneira errônea?

Eu acho que não sei mais responder estas perguntas que, outrora, pareciam tão simples. Se eu disser que sou cristã, posso perder seguidores no twitter. Mas se eu disser que vou deixar de seguir homossexuais, posso ser processada. E não estou exagerando. Parece que viver tornou-se um jogo de palavras e atitudes. Um jogo no qual sempre tem alguém de tocaia, a fim de te flagrar fazendo um um comentário que pode ser interpretado como preconceituoso.

Conversando com uma amiga, tentamos descrever o que é ser normal. O máximo que conseguimos perceber foi: somos anormais por termos atitudes consideradas normais. Mais ou menos isso... porque, agora, nada mais é normal. Ou, se é normal, é preconceito... Ai, é tão confuso que não sei mais nem o que pensar pra escrever. E tanto quanto confuso, é revoltante.

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo" (Clarice Lispector)
[ ... ]

28 de mar. de 2010

Manos al aire

Tú, que pierdes el control
hablando en alta voz
Y eres mi corazón
Yo, tratando de escuchar
No me puedo explicar
Qué extraña sensación.

Tú no me quieres entender
Y me mandas a callar diciéndome
No me debo sorprender
Porque así es la realidad
De nuestro amor y yo

No tengo armas para enfrentarte
Pongo mis manos, manos al aire
Sólo me importa amarte
En cuerpo y alma como era ayer

Tú que perdiste el control
Te dejaste llevar
Por la inseguridad
Yo que te he visto crecer
Me puedo imaginar
Que todo cambiará

Hoy aunque todo siga igual
Y me mandes a callar diciéndome
Que tienes que dominar
O será el final
Y yo no puedo así
[ ... ]

24 de mar. de 2010

Caixinha de surpresas

A cada dia, novas surpresas. Coisas acontecem sem dar aviso prévio e nos pegam de calças curtas, como dizem por aí. Nem sempre são acontecimentos bons. Às vezes, são consequências de atos que sem querer provocamos e, mesmo assim, sofremos para superá-los. São obstáculos que corriqueiramente temos que transpor.

Para isso, é preciso crescer. É preciso evoluir jogando o jogo do contente, da pequena Pollyanna, minha personagem literária favorita. Ver o lado bom de um sorriso esquecido, de uma lágrima rolando ou, ainda, de lembranças hipócritas, de sentimentos não vividos. Claro que não é simples. Que graça teria se fosse? Tiraríamos tudo de letra, comprometendo nossa evolução como pessoas.

Acho que estou aconselhando a mim mesma, mesmo sabendo que é bem mais fácil falar do que agir. Será que quando tentamos ajudar a nós mesmos a tarefa fica menos complicada? Uhm, não tenho muita certeza. Tenho certeza, no entanto, é de que o que a gente planta, a gente colhe, mesmo que o período de colheita seja mais longo do que deveria ser. O bom disso é que, assim como a semente plantada, crescemos mais fortes e preparados para os outros vários empecilhos que surgem assim... de surpresa.

Antes de dormir, fico pensando que sou uma peça de xadrez num tabuleiro gigante, repleto de peões, rainhas, reis, bispos, torres, cavalos... mas, diferentemente do que acontece no jogo, não sou manipulada por ninguém. Ninguém pode pensar por mim e dizer que rumo devo tomar. A única coisa da qual tenho certeza é a de não querer me tornar um cavalo, estático entre um bispo e uma torre. Não quero me tornar um cavalo, pois ele se dá bem passando por cima das outras peças. Posso não saber para que casa quero (ou devo) pular. O que sei é que para chegar até meu destino, jamais passarei por cima de ninguém.

"Surpreender-se, estranhar, é começar a entender. É o desporto e o luxo específico do intelectual. Por isso o seu gesto gremial consiste em olhar o mundo com os olhos dilatados pela estranheza. Tudo no mundo é estranho e é maravilhoso para um par de pupilas abertas" (Ortega y Gasset in "A Rebelião das Massas").

Mais legal ainda é saber que há pessoas que não se abatem por nada...

[ ... ]

23 de mar. de 2010

Os abraços

Em um período meio desanimado, O Livro dos Abraços, do Eduardo Galeano, parece ser o único capaz de abraçar meus pensamentos, literalmente. Há tantas coisas nele que permitem renascer em mim a esperança de que as pessoas sejam conscientes sobre o que causam às outras, que é difícil até selecionar.

Um dos meus favoritos diz: "Na parede de um botequim de Madri, um cartaz avisa: Proibido cantar. Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, um aviso informa: É proibido brincar com os carrinhos porta-bagagem. Ou seja: Ainda existe gente que canta, ainda existe gente que brinca”.

É bom pensar assim. É bom pensar que ainda há bom-senso, por mais escasso que ele pareça estar em quem mais precisa tê-lo.


[ ... ]

22 de mar. de 2010

Adeus!

"Tudo que é bom,
Quando chega ao fim,
Nos deixa tristes, pensativos.
Sempre passa pela nossa cabeça
os momentos felizes,
como se fosse um filme reprizado,
mas sabemos que assim
que o filme termina
é hora de levantar a cabeça novamente,
e seguir sempre em frente.
pois o passado só serve para ser recordado,
ou que seja melhor nem ser lembrado,
quando causa dor.
Estou até meio perdido em minhas palavras,
ja não consigo dar sentido a elas,
uma dor me corroe por dentro
e não sei como acabar com ela,
mas tentarei ser forte
o quanto eu resistir,
quando não mais aguentar,
deitarei no chão e direi apenas...
Adeus!"
[ ... ]

21 de mar. de 2010

O Big Brother e a verdade

Na sexta-feira o Acontecendo Aqui anunciou, no Twitter, que a Globo estuda o lançamento do Big Brother Brasil em DVD. Fiquei assustada, confesso, porque aposto que, se a ideia vingar, um bom número de vendas está garantido.

Hoje, a Ilustrada, da Folha Online, publicou entrevista com Boninho, o diretor do programa. Ele disse que o BBB não é cultura, mas sim, um jogo cruel. A resposta que mais me chamou a atenção, porém, foi sobre o que há de melhor e de pior no programa. Boninho contou que o que mais o incomoda é quando os participantes conseguem ficar armados. "Mas geralmente a gente consegue desmontá-los", afirmou, acrescentando que sua intenção não é que todos se dêem bem: "A tendência do jogo é fazer com que eles briguem".

Não sei exatamente o que pensar sobre esse formato de programa. O que sei é que não gosto quando sentimentos são colocados em jogo. Quando alguém descobre te amar hoje mas, amanhã, não quer nem saber de ti. Ao contrário do diretor do BBB, que não está preocupado com conceitos psicológicos, isso é o que mais me preocupa, pois mexe com a verdade, conceito tão defasado na sociedade contemporânea.

O interessante é que os tais conceitos psicológicos que viram assunto quando algum reality show deste tipo é veiculado, não são só os participantes que tem a conduta "discutida". Os telespectadores acham que os conhecem tão bem - e de verdade - que chegam a discutir com quem avalia determinado jogador de forma diferente da sua. Ai, que complicação!


[ ... ]

15 de mar. de 2010

Risos e sorrisos

Quando vejo garis, guardas, zeladores e motoristas de ônibus retribuirem meu "bom dia" ou "boa tarde" com um sorriso e um aceno de cabeça, meu dia melhora. Não consigo pensar que ainda exista gente que pense ser superior a esses profissionais (e tantos outros). Como me faz bem trocar duas palavrinhas despretenciosas com eles mesmo enquanto caminhamos...

Vou todos os dias ao SESC para exercitar meu corpo e minha mente (ó, que clichê, mas é isso mesmo que sinto). Os guardas se revezam na guarita. Cumprimento a todos, porém, nem todos demonstram o mesmo entusiasmo. Devem ser mais tímidos e não menos educados (gosto de pensar assim, pelo menos). Tem um, em especial, que me fez ganhar o dia hoje. Além de um alto e animado "bom dia, menina" às 6h55, enquanto eu entrava para a aula, papeamos dois minutinhos quando eu estava saindo. Eu disse que nunca mais o tinha visto lá, e ele concordou dizendo que pensava que eu não estava mais indo, porque nunca mais tinha me visto também. O mais legal foi quando ele emendou: "Tava sentindo falta da minha artista simpática já" (ele acha que pareço artista de TV, principalmente quando estou de óculos de sol). Ele disse isso com tanto entusiasmo, saindo da cabine para me desejar bom trabalho, que fiquei ainda mais contente por nunca passar por ele sem ao menos acenar.

Na semana passada, enquanto eu voltava de uma consulta, encontrei com um gari que fez menção de dar um passo para trás para que eu passasse. Foi quando eu disse "boa tarde, tudo bem?", que ele levantou a cabeça, abriu um grande sorriso e disse "boa tarde" também. Continuei caminhando quase saltitante rua afora...

Episódios simples assim me fazem um bem incrível! E gosto de pensar que as pessoas que me fazem bem por sorrirem pra mim, também se sintam bem por eu sorrir para elas...
[ ... ]

8 de mar. de 2010

Ai, a TV

Ontem, numa rara parada para ligar a TV, fiquei irritada. Menos de cinco minutos no tal Domingão do Faustão foram suficientes pra me deixar indignada. Primeiro porque não passa nada de bom no programa (salvo raras vezes que ouço alguma coisa mais "valia a pena ter assistido"). Segundo - e fatídico - porque o cara é um chato. Ô bicho sem educação, que fica interrompendo todo mundo a toda hora, além de soltar seus bordões já cansativos.

Um dia li na Rolling Stone uma entrevista com ele, e lembrando disso, fui obrigada a procurar a introdução da matéria. Nela, Ronaldo Franca Cruz dizia: "Você já parou pra pensar que a televisão aberta do Brasil talvez não seja feita para você? Fausto Silva já. Há quase 20 anos, ele comanda um programa popular, consegue preservar sua privacidade e se manter como o maior apresentador do país. Quer você goste ou não..."

Tá, eu me rendo e concordo com o Fausto Silva em um aspecto: a TV aberta do Brasil não é feita para mim.

Aiai, bons tempos de RáTimBum...
[ ... ]

Um novo olhar

Procurando sites legais, me deparei com o da revista NOVOLHAR. E ela, de fato, me proporcionou olhar de maneira nova para um bocado de assuntos. Moderna, a publicação chama a atenção para a realidade da vida, do mundo e do contexto em que vivemos como pessoas cristãs. Assim, torna-se uma fonte não só de informação, mas também de formação.

Quando se fala em periódicos cristãos tem muita gente que já torce o nariz, pensando que é uma compilação de textos bíblicos. Para essas pessoas, a NOVOLHAR é uma ótima dica, pois trata de temas atuais, como clima, alimentação saudável, poluição, imprensa... mas de forma politicamente correta, digamos.

Ao invés de espiar o Big Brother Brasil, espia o site da NOVOLHAR ;)
[ ... ]

Politicamente incorreto?

No blog Trágico e Cômico, do Estadão, o chargista Diogo Salles escreveu sobre uma questão que tem sido bastante discutida nos últimos dias, principalmente por comentários no Twitter: o fato das Histórias em Quadrinho da Turma da Mônica, de Maurício de Souza, serem politicamente incorretas. O que corre por aí é que a Mônica pratica bulling e seus amigos Magali e Cascão têm desvios comportamentais.

Eu achei o texto do colunista bem pertinente, com críticas oportunas. E você, o que pensa sobre isso?

Publico o texto abaixo. Se quiser saber mais, é só clicar aqui.

Soa o gongo para mais um round na luta do humor e da HQ contra o patrulhamento politicamente correto. O último havia sido a polêmica do livro Dez na Área, um na Banheira e Ninguém no Gol. E eu que achava que já tinha visto de tudo, vi o recorde da vergonha alheia ser batido mais uma vez: um sujeito tentou mostrar que os quadrinhos da Turma da Mônica são um mau exemplo para as crianças porque são “conservadores”. Dê uma olhada na imagem acima. Viu como essa turminha representa uma grande ameaça ao seu filho? Medo!

Não será preciso desmontar as fraquíssimas argumentações do texto, porque isso já está feito. O que me assusta é o falso moralismo, a mentalidade primitiva e a mesquinhez do autor, que entre outras sandices, diz que a Mônica pratica “bulling” e que a Magali e o Cascão têm “desvios comportamentais”. Ora, não entendi. Com o perdão da indiscrição, mas será que o autor se deixou influenciar tão fácil pelo Cascão que parou de tomar banho? Nada contra, só perguntando. Ou será que ele, influenciado pela Mônica, passou a praticar o “bulling” lá no sindicato dele?

Aliás, a crítica ideológica do texto é um caso à parte. Entre outras pérolas, ele classifica o Chico Bento como “uma visão elitista e burguesa do campesinato”. Se isso era para ser uma piada, o autor falhou feio — tem gente que fez muito melhor. Mas o fato é que a Turma da Mônica retrata o universo infantil de uma forma lúdica, quase ingênua. E só. Bom ou ruim, não há uma gota de ideologia por trás. Deve ser difícil para as viúvas da Guerra Fria compreenderem isso. O texto, embora travestido de crítica à obra e aos personagens, entrega a real intenção do autor: fazer um ataque pessoal ao Mauricio de Sousa. Sei lá, fazer quadrinhos infantis, ser bem sucedido comercialmente e, além de tudo, sem precisar se pendurar a qualquer governo ou partido… Deve dar uma inveja danada. Talvez seja esse o pecado de Mauricio de Sousa.

Porém, confesso que, lendo o texto, fiquei na dúvida sob qual cartilha ideológica se ajoelha o autor. Tanto poderia ser alguém da extrema direita religiosa quanto um comunista rancoroso, desses que defendem Stálin, etc. De um jeito ou de outro (senão dos dois), só me resta uma certeza: o cara é mesmo um tremendo de um reaça.

[ ... ]

6 de mar. de 2010

O perfil de um artista

Caraca! A vida do Michael Jackson realmente justifica os vários títulos já publicados. São assuntos familiares e profissionais que podem ser comparados a uma telenovela, na qual o protagonista assumiu papeis de mocinho e de vilão. E no fim... bom, no último capítulo ele morreu imerso em dúvidas sobre sua personalidade.

Estou espantada com o número de prêmios que Michael ganhou com seus vários álbuns. com destaque para Thriller, lançado em 1982, que dois anos depois somava 94 prêmios e a capa do Livro Guinness dos Recordes. Isso sem falar no videoclipe, com montagens complexas que envolveram roteiro, efeitos especiais e uma super produção de Quincy Jones.

O mais complicado de estudar a vida de Michael Jackson é descobrir, por meio de relatos, o quanto ele sofreu enquanto criança, carregando muitas marcas e complexos para a vida adulta. Se ele ainda estivesse vivo, eu realmente faria o que fosse preciso para poder conversar com ele. O artista amado por tantos e odiado por outros tantos é exemplo de muita coisa, como persistência, por exemplo. Aqui, não quero nem entrar no mérito da bondade e da compaixão, para não ficar muito sentimental.

Dei uma paradinha na produção do primeiro capítulo da monografia para esticar as pernas e tomar uma água, mas já estou voltando à ela. Só queria deixar aqui a dica de que vale a pena ler a história daquele que se tornou o rei do pop. Com certeza a gente passa a enxergar muita coisa sob outra ótica. É, a mídia tem realmente muito poder.
[ ... ]

4 de mar. de 2010

Que dia é hoje?

Ufa! Consegui parar um pouco para pensar em alguma coisa para postar. Bom, hoje já é quinta-feira, mas meu organismo ainda pensa que é quarta. Tudo porque na madrugada de terça para ontem houve uma espécie de corujão na revista e, como resultado, cheguei em casa às 5h15. Mesmo morrendo de sono tive dificuldades pra dormir. Acho que eram os resquícios da hiperatividade da postagem anterior. Enfim, acho que valeu a pena, porque, modéstia a parte, a edição de março está bem bacana.

Trabalhei durante a tarde e, por várias vezes me peguei rindo sozinha, lembrando das peripécias vividas durante a madrugada anterior. Surtos de estresse se misturaram às boas gargalhadas, principalmente quando alguns estavam sonhando e respondendo coisas sérias ao mesmo tempo. Mesmo assim, confio que o resultado é positivo.

Passei o dia de hoje em Curitiba. Foi legal, apesar de cansativo. Conheci a gráfica que imprime a revista e dei uma voltinha num shopping (pit stop para o almoço). Quase perdemos o carro, quase nos perdemos na cidade e quase que várias fotos sairiam roxas. E agora, malditos ou benditos photoshop, indesign e pdf? O que importa é que deu tudo certo e, no fim da tarde, chegamos sem chuva a Joinville (uau). Prefiro nem comentar minha cor de papel e vômito subindo e descendo dentro de mim durante a viagem (é meio nojento, né?).

Algo que valha a pena ser dito agora: na gráfica, gostei muito da organização em prol do meio ambiente. Lá, cada tamanho e tipo de copo plástico tem uma lixeira específica, bem como orgânicos, metais, vidros e papel. Cartazes bonitos pendurados na cozinha e no banheiro evidenciam a necessidade de consumirmos com consciência e sem degradar, da mínima forma que seja, os espaços coletivos. Aprovei as atitudes tanto da empresa quanto dos funcionários, que estão visivelmente fazendo sua parte.

Agora, embora meu sono não dormido esteja gritando por socorro, vou me agarrar nos livros. Uma monografia (ai, palavra proibida) me espera... e o tempo passa rápido demais!

Não esqueçam de acessar o site da MiUni :)

God bless you!
[ ... ]

1 de mar. de 2010

Hiperativa

A semana começou com tudo. Alguns projetos sendo finalizados enquanto outros estão apenas começando. Acho que é isso que me mantém animada a criar coisas novas todos os dias.

Às vezes essas criações não saem bem do jeito que eu planejava, mas não dá pra ficar lamentando, não. O jeito é correr atrás do prejuízo e achar alguma saída viável. Por mais que ela pareça não existir, ela sempre aparece. Ufa!

Meu único medo é começar novamente a acumular funções. Gosto tanto de tanta coisa que tem horas que não consigo decidir o que topar e do que abrir mão. Resultado: baixa imunidade. Mas ah, que coisa doida. Eu não sei ficar sem várias coisas pra pensar, idealizar, montar, sonhar...

É, hoje estou meio hiperativa.
Que esta semana continue assim, agitada e produtiva!
[ ... ]