27 de nov. de 2009

Alguém me fale o porquê...

Escrever um projeto de monografia cujo tema principal seja um artista, por incrível que pareça, não é muito fácil. Quando o referido artista se chama Michael Jackson então, parece que o trabalho aumenta e, com ele a responsabilidade do bem escrever.

“Eu sempre quis contar histórias, sabe, histórias que viessem direto da alma. Gostaria de sentar perto de uma lareira e contar histórias às pessoas — fazê-las verem coisas, fazê-las rirem e chorarem, levá-las a qualquer lugar emocionalmente com algo tão simples como as palavras”. Assim, Michael Jackson inicia o livro autobiográfico Moonwalk, lançado em 1988, quando o cantor tinha 29 anos. Nele, Michael expõe também que “há vezes que eu sinto que consigo. É algo que eu gostaria de desenvolver. De certo modo, compor músicas utiliza as mesmas habilidades, cria os mesmos altos e baixos emocionais, mas a história é só um rascunho”. Um exemplo decorrente desse pensamento é a música Billie Jean, composta pelo artista em 1983, na qual expõe seus sentimentos acerca de uma menina com deficiências mentais que lhe enviava cartas dizendo que ele era o pai de seu filho.

Tal episódio descrito justifica, a priori, minha escolha por pesquisar Michael Jackson, considerado o rei do pop. Nunca fui sua fã. Pelo contrário, se até pouco tempo me perguntassem o nome de duas canções do artista eu demoraria a responder. Confesso que pelo que acompanhava de sua carreira via televisão, jornal, revista e internet, eu o achava, muitas vezes, um monstro. No entanto, algo despertou minha curiosidade quando, logo após a morte do cantor (25/6/09), a cobertura midiática me apresentou um homem diferente daquele que eu conhecia por Michael Jackson até então. Fui desperta para um lado humano, sentimental e até sofrido do artista, até pouco tempo explorado como uma pessoa ruim e doente. Assim, comecei a acompanhar, por curiosidade, como já citado, as notícias veiculadas a seu respeito, sempre tendo a morte como gancho.

“Mesmo com a decadência artística, ele nunca deixou de ser uma figura midiática e extremamente pop. Seus movimentos são instantaneamente reconhecíveis”. Com esta frase, o jornalista Marco Aurélio Canônico, editor do Folhateen, do jornal Folha de S. Paulo, expressa a crença de que Michael Jackson foi o astro mais importante e representativo da música pop. O depoimento, publicado no site do veículo no dia seguinte a morte do artista, retrata o que pôde ser percebido em 25 de junho de 2009, quando a imprensa noticiou que, aos 50 anos, Michael Jackson deixava, definitivamente, os palcos da vida.

Um dos homens mais famosos do mundo, Michael Jackson conquistou um público de variadas faixas etárias, procedências, crenças e culturas. O motivo não se restringe a sua música, mas contempla também seus atos e trejeitos, traduzindo-o em uma figura icônica. “Rei do Pop. É assim que a FOX, a Black Entertainment Television (BET) e a MTV, os canais de TV norte-americanos que conseguiram os direitos de estréia do vídeo “Black or White”, de Jackson, referem-se a ele”. Dessa forma o jornalista Michael Goldberg confirma ser possível a mídia fabricar um artista. Mas como?

Foi dessa curiosidade que nasceu meu tema de pesquisa: “Como a mídia criou o mito Michael Jackson após sua morte?”. Esclareço que meu intuito não é o de traçar um perfil psicológico do artista, até porque creio que seja impossível. Mas sim, analisar coberturas midiáticas sobre o cantor durante sua carreira, e agora, até então cinco meses sem sua presença nos palcos da vida. Como objetivo principal, tenho a inquietação de descobrir se a mídia tornou Michael Jackson um mito após sua morte, ou se já o tratava assim em vida. Diferente do que possa parecer, meu intuito com esta postagem não é discorrer acerca do meu tema de pesquisa, até porque creio que isso será feito posteriormente às minhas novas pesquisas. Meu objetivo, aqui, é apresentar uma música composta e cantada por Michael Jackson. Nela, percebe-se que o rei do pop tentava dizer alguma coisa no sentido de que a fé aponta para as obras de amor.

Aproveito o espaço para convidar quem por aqui passa a comparecer no culto da MiUni no próximo domingo, dia 29 de novembro, às 19h, na paróquia São Mateus. Garanto que vai valer muito à pena! :)

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26 de nov. de 2009

O início

Aqui estou numa nova tentativa de manter um canal virtual no qual eu possa escrever um pouco de tudo e de tudo um pouco.
O nome, desta vez, surgiu do enorme apreço que tenho por coisas comuns, aparentemente sem grande relevância para a sociedade, como a minha caneta BIC de quatro cores, ou a caixinha preta na qual guardo não só lembranças, mas também sentimentos.
Dois mil e nove está acabando e, com ele, deixo muitas experiências. Foi um ano conturbado e bastante difícil, mas no fim das contas, um ano muito feliz. E é essa felicidade que começo registrando aqui. Felicidade esta que me inspira a criar, escrever, pensar e agir. E estas são, sem sombra de dúvidas, as razões pelas quais vou me manter neste canal.
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