25 de dez. de 2009

Tempos bons!

Hoje, no dia do aniversário de Jesus, as ruas ficaram desertas, e a cidade parecia silenciosa. Silêncio bom. Silêncio que permitiu que o canto dos pássaros fosse ouvido e admirado. Gosto de pensar que eles assoviavam, entre outras canções, parabéns para o aniversariante especial. Por alguns dias, o blog ficará sem atualizações. Vou aproveitar os dias de folga como nunca. E 2010... ah, vai ser um ano bom, tenho certeza. Para começar bem, mudança de rotina. Mais leitura, escrita e observação da natureza. Desenhos, cores e aromas, deixando um pouquinho de lado a super tecnologia. E é isso que eu desejo para todos: aventuras e emoções. Aproveitem!


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22 de dez. de 2009

E o seu coração?

Um dia, numa praça, um jovem exibia seu coração, o mais bonito daquela cidade. Uma grande multidão se aproximou e admirou aquele coração, pois era perfeito. Não havia nele um único sinal que lhe prejudicasse a beleza. Todos reconheceram que realmente era o coração mais bonito que já haviam visto. O jovem estava vaidoso e o ostentava com crescente orgulho.

De repente um velho homem, montado num cavalo, surgiu do meio da multidão, desceu ao chão e bradou: "Seu coração nem de longe é tão bonito quanto o meu!"

O jovem e a multidão olharam para o coração do velho homem: batia fortemente, mas era cheio de cicatrizes. Havia lugares onde faltavam pedaços e também partes com enxertos que não se encaixavam bem, que tinham as laterais ressaltadas.

A multidão se espantou: "Como pode ele dizer que seu coração é mais bonito?"

O jovem olhou para o coração do velho homem e disse, rindo: "O senhor deve estar brincando! Compare seu coração com o meu e veja. O meu é perfeito e o seu é uma confusão de cicatrizes e emendas!"

"Sim", disse o velho homem. "O seu tem aparência perfeita mas eu nunca trocaria o meu por ele. As marcas representam pessoas a quem dei o meu amor. Eu arranquei pedaços do meu coração e dei a elas e, muitas vezes, elas me deram pedaços de seus corações para colocar nos espaços deixados; como esses pedaços não eram de tamanho exato, hoje parecem enxertos feios e grosseiros, mas eu os conservo como lembranças de amor que dividimos. Algumas vezes eu dei pedaços do meu coração e as pessoas que os receberam não me deram em retorno pedaços de seus corações. Esses são os buracos que você vê.

Dar amor é arriscar. Embora esses buracos doam, eles permanecem abertos lembrando-me do amor que tenho por aquelas pessoas, e eu tenho esperança de que um dia elas me dêem retorno e preencham os espaços que ficaram vazios. Agora você consegue ver o que é beleza de verdade?"


O jovem ficou em silêncio, com lágrimas rolando por suas faces. Caminhou em direção do velho homem, olhou para o próprio coração e arrancou um pedaço, ofecendo-o com as mãos trêmulas.

O homem pegou aquele pedaço, colocou no coração e tirando um outro pedaço do seu, colocou-o no espaço deixado no coração do jovem. Coube, mas não perfeitamente, já que havia irregulares beiradas.

O jovem olhou para o seu antes tão perfeito coração. Já não tão perfeito depois disso, mas muito mais bonito do que sempre fôra, já que o amor do velho homem entrara nele. Diante da multidão que os observava em respeitoso silêncio, eles se abraçaram e saíram andando lado a lado, seguidos pelo cavalo, cujas patas batendo no solo emitiam o som de corações pulsando...


Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom; ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras! como podeis vós falar coisas boas, sendo maus? pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca. O homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo. Porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado. (Mt 12:33-37)

Como é o seu coração? De que seu coração está cheio?
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Pare e ouça a música!

Mais uma vez, no Muito Legal, um super texto que me fez refletir... Vale a pena "perder" um tempinho e lê-lo. Com certeza, ao final, o tempo perdido transforma-se em ganho de qualidade de vida.

Estação de metrô de Washington, DC em uma manhã fria de Janeiro de 2007. Um homem toca seis músicas de Bach durante 45 minutos. Nesse tempo, 2 mil pessoas passaram pela estação, sendo que a maioria estava em seu caminho para o trabalho. Depois de 3 minutos, um homem de meia idade repara no músico tocando. Ele diminui o seu ritmo e para por uns segundos e depois sai correndo para atender seu compromisso.

4 minutos depois:
o violinista ganha seu primeiro dólar: uma mulher joga o dinheiro dentro chapéu sem parar e continua a caminhar.

6 minutos:
Uma jovem se inclina sobre a parede para ouví-lo, então olha para o seu relógio e começa a andar novamente.

10 minutos:
Um menino de 3 anos de idade para, mas sua mãe tira ele dalí com pressa. A criança para e olha para o violonista novamente, mas sua mãe o puxa com tanta força que a criança continua a caminhar, virando sua cabeça o tempo inteiro. Essa ação se repete diversas vezes com outras crianças. Todos os pais, sem exceção, forçam suas crianças para continuar caminhando.

45 minutos:
O músico toca sem parar. Apenas 6 pessoas pararam e ouviram por um curto período de tempo. Cerca de 20 deixaram algum dinheiro e continuaram a caminhar em seu ritmo natual. O homem conseguiu juntar 32 dólares.

1 hora:
Ele para de tocar e o silêncio toma conta do lugar. Ninguém percebe. Ninguém aplaude e não houve qualquer traço de reconhecimento.

Ninguém sabia disso, mas o violonista era Joshua Bell, um dos maiores músicos do mundo. Ele tocou uma das mais complexas músicas já escritas com um violino que custava 3,5 milhões de dólares. Dois dias antes, Joshua Bell esgotou o teatro de Boston onde a média do ingresso era de 100 dólares.

Essa é uma história verídica. Joshua Bell tocou disfarçado na estação de metrô para participar de um experimento social sobre percepção, gosto e prioridade das pessoas.

As perguntas levantadas foram:
  • Em um ambiente público e comum em uma hora inapropriada, nós percebemos a beleza?
  • Nós paramos para apreciá-la?
  • Nós reconhecemos talento em um contexto inesperado?
Uma possível conclusão sobre esse experimento é:


Se não temos tempo para parar e ouvir um dos melhores músicos do mundo, tocando uma das mais incríveis músicas já escritas com um dos mais lindos instrumentos já feitos...

O que mais estamos perdendo?


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Pote de ouro no fim do arco-íris

Sempre gostei de cores. Tudo o que tem cor bonita, forte, ou uma mistura delas, sempre me chamou a atenção. Há pouco mais de dois meses me dei conta de que, de alguma forma, acabo sendo influenciada pelas cores que estão ao meu redor. Gosto do preto, do marrom e do azul marinho, mas quando em contato com o vermelho, o amarelo, o verde e o rosa, tenho mais vontade de fazer o que quer que seja. Percebi isso ao olhar para o meu quarto e, com pequenos ajustes no posicionamento de móveis e objetos decorativos, ele ficou mais colorido e, pra mim, consequentemente mais aconchegante. Sem contar que minha biblioteca está visível para quem pela porta dele passa.

Como citei há alguns posts, estou lendo A Cabana. E mais uma parte do livro me saltou aos olhos, quando o autor diz o seguinte: "Ela se movia pelo jardim cortando várias flores e ervas e entregando para Mack carregar. O buquê improvisado ficou bastante grande, uma linda massa aromática diferente de qualquer coisa que ele já havia cheirado e tão forte que quase dava para sentir o gosto". Este trecho realmente ficou impregnado em mim, assim como o sabor das cores. O rosa passou a ter gosto de tutti-fruti, enquanto o verde, com cheiro de grama, tem gosto de brincadeira. Pode parecer meio estranho, mas acho que não importa. O que a gente não consegue sentir ou tocar, a gente consegue imaginar. E a imaginação... ah, essa tem cor, sabor e cheiro de arco-íris. Você consegue sentir?
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Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada

Hoje, ao pentear o cabelo pela manhã, percebi que nunca estou incomodada com ele. Se eu o deixasse do jeito que ele estava quando levantei da cama, apenas dando uma disfarçada em fios rebeldes com as mãos, tenho certeza de que ninguém apontaria pra mim, ao som de gargalhadas. Coincidência ou não, poucos minutos depois vi minha irmã guerreando com suas madeixas. Liso não fica bom, crespo também não. Com franja fica ruim, mas sem fica pior. É o que ela pensa, claro, porque na minha opinião, muitas meninas pagariam para ter o cabelo dela. Prefiro pensar que é a fase adolescente, na qual tudo, principalmente no nosso corpo, parece incomodar.

Pensando nessa diferença de opiniões sobre o mesmo assunto, digamos assim, comecei a divagar sobre os vários tipos de cabelos e, é claro, de penteados. Hoje em dia mesmo, se eu quiser cabelo liso num dia e aos cachos no outro, consigo. Afinal, penteado não serve para outra coisa senão realçar a beleza feminina, valorizando os traços faciais, nas mais diversas ocasiões. É isso que eu acho, pelo menos. Penteado realça a beleza, não torna alguém bonita. Mais ou menos isso. Sendo assim, será que cabeleireiros podem ser considerados artistas, visto que criam novos penteados o tempo todo?

Bom, depois de prender meu cabelo, decidi pesquisar um pouquinho sobre os penteados antigos. Quer dizer, sobre os penteados de outras épocas, afinal, a história sempre influenciou o comportamento das pessoas, mudando não somente sua forma de pensar, mas também sua maneira de se expor, principalmente por meio de suas roupas e cabelos. Achei muita coisa bacana em vários sites, porém, destaco aqui o Portal São Francisco, que graças ao amigo Google, me apontou uma página com a evolução dos penteados. Olha só:

Anos 40 – Ondas
A moda sobrevive ao período de guerra e reflete a situação econômica e política vigente. As irmãs Carita abrem um salão de beleza. São as primeiras mulheres a exercer a profissão de cabeleireiro e a entrar num mercado até então predominantemente masculino.

1942 – Turbante
Este é um exemplo típico de moda influenciada pelo contexto histórico. Até o final da década de 30, a profissão de cabeleireiro era exercida predominantemente por homens. Com a II Grande Guerra, muitos deles se alistaram no Exército para lutar. Esse fator, aliado à péssima qualidade dos produtos capilares da época, justifica os turbantes que tomaram conta das cabeças.

1947 – Cachos com grampos
Apesar do número reduzido de cabeleireiros, os cabelos sempre foram um aspecto importante da moda. Muitas mulheres os tinham até os ombros, penteados com uma variedade de ondas e presos com grampos.

Anos 50 – Reflexos
Maior desenvolvimento da indústria de cosméticos. Esses produtos começam a fazer parte do dia-a-dia das mulheres, que passam a se cuidar mais. Há uma maior valorização da beleza e da sensualidade. Na maquiagem, sobrancelhas arqueadas e escuras, muito batom e rímel, seguindo uma linha sensual. As tinturas tornam-se populares, principalmente na forma de reflexos.

1952 – Helmet (Capacete)
Começa a influência da mídia, mais especificamente do cinema, no comportamento das pessoas e, assim, na moda. O Helmet, cabelo usado por Doris Day, torna-se referência para as mulheres que, tentando ter o visual igual ao da estrela, ficam dependentes dos cabeleireiros.

1958 – Chapéu
Os chapéus tornam-se peças indispensáveis para as mulheres da alta sociedade. Eram criados pela alta costura, que também produzia peças de lingerie e perfumes famosos.

Anos 60 – Chignon
Nos anos 60, sob a influência dos cabeleireiros Alexandre de Paris e das irmãs Carita, os cabelos ganharam volume. Nessa época, com o uso de esponja de aço como enchimento e cerveja e água com açúcar como fixadores.

1962 – Laços
Revolução dos hábitos, a música das guitarras elétricas toma conta do mundo (Elvis Presley, Beatles etc.). Os enfeites de cabelos ganham proporções exageradas. Os homens aderem aos cabelos longos.

1963 – Volume e franja (Banana)
Um clássico dos penteados, a história dos cabelos não poderia ser escrita sem passar pelo “banana”. Passou por várias releituras, sendo usado até hoje.1963 – Escova
Vidal Sassoon cria o “wash´n dry” (lavar e secar), lançando o secador manual e a escova redonda. Enquanto outros cabeleireiros estavam voltados aos cabelos volumosos com ornamentos, Vidal Sassoon proclamou a importância do corte.

1967 – Black Power
Angela Davis torna-se símbolo do black pride (orgulho negro). Figuras como Jimmy Hendrix e, no Brasil, Tony Tornado, também marcam esse estilo.

Anos 70 - Hippie
Movimento que foi a expressão máxima da liberdade, por meio da geração paz e amor.Na moda, muito jeans e batas. Os cabelos eram longos, sem compromisso, geralmente divididos ao meio, e enfeitados com faixas e flores.

1976 – Punk
Movimento que surgiu na Inglaterra em meados dos anos 70, adotado por adolescentes, desempregados e estudantes, que queriam agredir a todos com suas roupas, acessórios, cores fortes e ousadas nos cabelos e uma releitura do estilo moicano.

1979 – Rastafari
Mais uma vez o cinema influencia o comportamento e a moda. Com o filme “Mulher Nota 10”, o cabelo de Bo Derek torna-se uma referência de estilo, ganhando depois variações e sendo usado até hoje por jogadores da NBA.

Anos 80 – Permanentes
Assim como o cinema, no Brasil as novelas também influenciam o comportamento e a moda. Os permanentes, que já existiam há muito tempo, voltam com toda a força. As mulheres se espelham em atrizes de novelas, como Irene Ravache, Elizabeth Savalla e Regina Duarte.

1984 – Lady Di
Não podemos deixar de citar sua influência na moda. Seu corte de cabelo marcou época e foi usado por mulheres do mundo inteiro. Anos 90 – Moda plural Na última década do século XX segue-se mais o estado de espírito do que as tendências ditadas por grandes nomes. Chega ao fim a ditadura dos estilos e a moda é cada vez mais plural. Há espaço para curtos, médios e longos.

1998 – Mechas marcadas Cabelos lisos, sem volume, com mechas marcadas em três ou mais cores.

Anos 2000 - Atualidade
A globalização e o desenvolvimento da mídia aumentaram muito a velocidade da informação. Os centros da moda: Paris, Londres, Milão, Nova Iorque e Tóquio lançam duas coleções por ano. Não há apenas uma moda, mas tendências, e em intervalos de tempo cada vez mais curtos.
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17 de dez. de 2009

As respostas que surpreendem

Duas estradas se bifurcam no meio da minha vida,
Ouvi um sábio dizer.
Peguei a estrada menos usada.
E isso fez toda a diferença cada noite e cada dia.


A Cabana começa assim, com versos de Larry Norman escritos como pedido de desculpas a Robert Frost. Não sei o que aconteceu entre eles, só sei que o primeiro me pareceu bastante sensato ao admitir culpa e perceber que nem sempre a melhor saída é àquela a que estamos acostumados. Como pode-se perceber, comecei, finalmente, a ler A Cabana, de William P. Young, livro que eu estava há muito desejando. Acho que veio em boa hora, se não para me ensinar coisas novas, para me fazer crer ainda mais no que sempre defendi. O capítulo 2 inicia com um pensamento de Paul Tournier, que diz: nada nos deixa tão solitários quanto nossos segredos. De fato, concordo com ele. Por experiência própria, sei que, quando nos enclausuramos com nossos pensamentos, estamos apenas enclausurando chances de coisas boas, como um bom papo com um amigo de confiança.


Foi essa boa sensação que tive, mais uma vez, hoje, quando conversei com um bom amigo. Incrível como consegui expor pensamentos, ao falar, que pareciam não se organizar a nível de consciência. E foi essa exposição que me deixou mais tranquila para lidar com tribulações que se apresentam diariamente na minha vida - e na vida de qualquer um. A cada obstáculo, vamos ganhando força, por mais que às vezes pareça justamente o contrário. Isso acontece, pelo que percebo, devido a nossa capacidade de aprender a cada dia; devido a nossa capacidade de adaptação ao meio social em que estamos inseridos, bem como as pessoas com as quais convivemos. É inevitável, por mais que estarmos sozinho seja, aparentemente, mais confortável e mais fácil.


Quantas perguntas ecoam em nossa mente e não conseguimos respondê-las? É por me sentir assim que comemoro o fato de ter começado a ler A Cabana ontem. O cantor Michael W. Smith fez a seguinte indicação do livro: "Esta história deve ser lida como se fosse uma oração - a melhor forma de oração, cheia de ternura, amor, transparência e surpresas. Se você tiver que escolher apenas um livro de ficção para ler este ano, leia A Cabana".
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16 de dez. de 2009

Muito mais do que alimentos...

O texto abaixo foi publicado, não na íntegra, na Premier deste mês. Infelizmente, a revista precisa obedecer a algumas regras, principalmente as que surgem de última hora, e a matéria teve de ser cortada. No entanto, com a 15ª Conferência da Onu sobre mudanças climáticas, principalmente, a questão da sustentabilidade está cada vez mais presente nos noticiários. Eu nunca havia me preocupado tanto, e dado tanto valor às pessoas e empresas que mostram preocupação com o aquecimento global, o desmatamento e todos esses fatores que acabam com nosso mundo. Hoje, entendo melhor porque é preciso valorizar cada iniciativa que tem por objetivo preservar a vida.

Sustentabilidade: nunca antes se ouviu falar tanto nesta palavra quanto nos dias atuais. As pessoas cada vez mais estão se conscientizando da importância da preservação ambiental, que é, resumidamente, o significado da palavra citada. Por isso, o mercado mundial está mais atento a necessidade de oferecer produtos orgânicos ao consumidor, atendendo, assim, os parâmetros de exploração de áreas e o uso de recursos naturais do planeta de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o homem e o meio ambiente.


Diferente do que muitos ainda pensam, os produtos orgânicos não se resumem a alimentos produzidos a partir do cultivo sem agrotóxico. Roupas, bolsas, sapatos e cosméticos também podem ser ecologicamente corretos. No primeiro caso, as peças são confeccionadas com algodão cultivado nos padrões da agricultura orgânica. No segundo, são artigos de higiene e beleza feitos a partir de matéria-prima natural. Engana-se quem associa produtos orgânicos apenas com o conceito de ecologicamente correto. “Esse é apenas a ponta do iceberg”, metaforiza Rafael Krause, responsável pela Herbia. “Para ser orgânico, o produto também deve ser socialmente justo, culturalmente aceito e economicamente viável”, completa.


Criada com a missão de produzir óleos essenciais e artigos diferenciados na linha de cosméticos e perfumaria utilizando insumos naturais, com ênfase na biodiversidade brasileira, a Herbia nasceu a partir da percepção de mercado de Gilberto Krause, pai de Rafael. “Ele sempre disse que o Brasil tem a biodiversidade, clima, mão-de-obra, água e terra favorável para o cultivo agrícola, o que nos coloca em posição de vantagem competitiva no mercado mundial”, conta o filho.


Estabelecida em Joinville há pouco mais de três anos, hoje a Herbia produz também shampoo, água perfumada, emulsão hidratante e sabonete líquido, todos orgânicos “São produtos básicos, que todo mundo usa e, além disso, podem ser testados em outros nichos de mercado, como farmácias de manipulação, lojas de produtos naturais, spas, clínicas de estética e lojas de artigos para cama, mesa e banho”, detalha Rafael.


Iniciativas

Quando o assunto é sustentabilidade, algumas iniciativas dão conta da importância do debate, para que esse pensamento seja absorvido por cada vez mais pessoas. WWF Brasil e Greenpeace são duas organizações independentes que atuam em defesa do meio ambiente, a fim de promover o uso racional dos recursos naturais em benefício da população mundial de hoje e das futuras gerações. Até mesmo o Google, maior portal de buscas online está engajado na questão ambiental, por meio do Eco4planet. Desde agosto deste ano o Eco4planet efetua o plantio de árvores de acordo com o número de acessos ao portal, além de economizar energia com sua tela predominantemente preta, o que faz com que o monitor utilize até 20% menos energia para exibi-la.


Na opinião de Rafael, o ramo de óleos essenciais ainda não é viável no Brasil, o que justifica a pouca produtividade, principalmente no ramo de. “A formulação é mais cara, não há fornecedores de matéria-prima em grandes quantidades e muita coisa é importada”, explica. Consequentemente, os produtos finais acabam tendo custo mais alto para o consumidor. “Mas o maior desafio do nosso setor é catequizar as pessoas, para que elas adquiram a cultura sustentável. Para que elas entendam o motivo de um cosmético orgânico custar até quatro vezes mais que um comum”. Felizmente, empresas de cosméticos, como as citadas anteriormente, vêm substituindo, aos poucos, insumos químicos por produtos orgânicos na sua produção. “Podemos lembrar até mesmo do creme dental Colgate”, exemplifica, explicando que sua formulação utiliza geralmente óleo essencial de tea tree ou de cravo, pois estes tês ação anti-séptica muito forte e são 100% naturais.


Uma nova cultura

Rafael credita a dificuldade de migração dos pequenos produtores rurais para culturas orgânicas às políticas governamentais do passado, que incentivavam o uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos.

Para Rafael, a tendência do mercado é mudar, priorizando a saúde humana e ambiental. Ele nota que, além de serem 100% naturais e terem aroma agradável, os cosméticos orgânicos têm outros benefícios. Um exemplo é a água perfumada, que acaba sendo um excelente purificador de ambientes, lençóis, fronhas, sofás e carros devido a função anti-séptica dos óleos essenciais contidos na formulação. Outro adendo feito pelo empresário é de que os cosméticos são utilizados no maior órgão do corpo, a pele, que absorve tudo que é colocado em contato com ela. “Existem vários estudos publicados no exterior que questionam e chamam atenção para os efeitos ao longo dos anos pela utilização de produtos cosméticos com substâncias químicas como, por exemplo, parabenos e sulfatos, que estão presentes nos cosméticos tradicionais. Estas substâncias são proibidas nos cosméticos orgânicos”, salienta.

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15 de dez. de 2009

Vem cá, te conheço?

Juro que não ia mais tocar nesse assunto que tanto me irritou: Geisy Arruda. Chamo-a de assunto porque foi o que ela se tornou — assunto chato e irrelevante, diga-se de passagem. Mas hoje, ao abrir o Globo.com, me deparo com a manchete “Geisy Arruda faz mistério e não revela resultado de plástica”. A primeira coisa que penso é “e daí”, seguido de “então por que fazer plástica?”. Pois bem, a menina conseguiu fama. Apareceu em vários programas e foi, inclusive, convidada para posar nua pela Playboy. Como se não bastasse, colocou aplique de 70cm de fios loiros importados naquela cabecinha. Importados, minha gente!

Já disse para alguns amigos que o que realmente acho é que há algo ainda não desvendado por trás dessa história. A universidade não expulsaria uma aluna por esta ter ido de roupa curta para a aula. Do mesmo modo que acredito que colegas não hostilizariam ninguém (da maneira que foi divulgado) por isso. O que mais me revolta, no entanto, é que três universidades ofereceram bolsa integral para a menina concluir o curso. Caraca! Enquanto isso, eu continuo aqui trabalhando pra pagar a minha... será que se eu começar a ir de vestido curto, consigo chamar a atenção e ganhar uma bolsa também?

Mas tem que ser integral, claro. Pra terminar, algo que soube por terceiros e achei o máximo. Em uma de suas aparições na TV, Geisy exclamou estar estupefata (logicamente, não com essa palavra) com a fama, visto que nunca tinha pensado em ser famosa. Eis que, como resposta, outra pergunta: "Você acha mesmo que está famosa"?

É, ainda acho que acredito na história de que quem ri por último, ri melhor...
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Mas o amor...

Confesso que nunca me dediquei à leitura da Bíblia como deveria. No entanto, sempre que posso, dou uma olhadinha em alguns versículos que me ajudam a lembrar algo que eu não poderia jamais esquecer (mas que esqueço): Deus tem um plano maior pra minha vida, maior do que qualquer um que eu possa ter. Já participei de vários estudos sobre a Palavra, e, de todos eles, os que mais gostei até hoje foram os que trataram de I Coríntios. Neste livro, escrito por Paulo, é onde pode ser encontrada a famosa passagem sobre a importância do amor genuíno, e também sobre dons espirituais. Eu o considero um livro poético, tanto que sei várias partes de cor, como as minhas favoritas, que posto logo abaixo:

Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes.



Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo?



O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
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10 de dez. de 2009

O tomate

Uma de minhas próximas metas de vida é produzir um documentário. Algo bacana, bem elaborado, com roteiro, direção, trilha sonora... enfim. O principal, no entanto, fica por conta do conteúdo. Ainda não sei qual será, mas sei, de antemão, que será reflexivo. Sempre gostei de documentários e biografias. Assuntos aprofundados de maneira atrativa que, ao final, deixam inquietações. O documentário Ilha das Flores, de Jorge Furtado, é o meu favorito justamente por isso. Ele relata, em cerca de 12 minutos, a problemática da sociedade de consumo, da riqueza e da desigualdade. Faz com que as pessoas reflitam sobre a situação a que chegam alguns semelhantes na busca por alimentos. Ao meu ver, Jorge Furtado consegue, em Ilha das Flores, apresentar com linguagem simples e lógica vários acontecimentos de ordem social, política e econômica que são impostos a sociedade. O mais incrível é que todo o enredo gira em torno de um simples produto: o tomate.

Para continuar assistindo, acesse o youtube ou clique aqui, para conhecer o Porta Curtas, portal dedicado à exibição e catalogação de curtas-metragens nacionais.

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Determinação é a porta para o sucesso

Já falei um pouco da Amanda Murari aqui. Como a revista já está circulando, publico, abaixo, a matéria que fiz sobre ela, com fotos do querido Jaksson Zanco. Ao final, fotos (por Daiane) de Amanda com o pessoal da Adej, com quem ela faz um belo trabalho. Posto aqui porque foi um texto bom de escrever, solto... afinal, a personagem contribuiu muito :)

Amanda Murari é uma paulistana que mora em Joinville. Na bagagem, além de roupas e objetos pessoais, trouxe também o sonho de ser grande artista. Nascida em 1991, era apenas uma menina de 11 anos quando mudou de cidade, mas seu sonho e determinação já eram de gente grande.

Doze de novembro de 2009, 10h15: ao lado da produtora, chego ao salão de beleza a fim de encontrar Amanda Murari, entrevistada do mês. Seu nome chegou até mim por acaso, mas não foi por acaso que me conquistou. Já no primeiro olá, a jovem cantora não escondia a felicidade por ter recebido o convite. “Nossa, nem consegui dormir esta noite, de tanta ansiedade”, foi logo dizendo. Produzida para a sessão de fotos que estampa a matéria, Amanda demonstrava, naturalmente, os principais motivos de merecer o sucesso: humildade aliada à força de vontade. Aos 18 anos, sabe que não é a melhor artista do mundo. Sabe também que tem um longo caminho a percorrer. No entanto, mesmo levando todas as dificuldades em consideração, não pensa em desistir. Canta, dança, toca, interpreta, compõe e ajuda. Ajuda a dar mais alegria às pessoas por meio da música. Ajuda, principalmente, deficientes físicos e crianças com síndrome de down a se sentirem capazes por meio de ações voluntárias.

Com o objetivo de levar uma vida mais tranquila, a família de Amanda mudou-se para Joinville há sete anos. Na cidade, fez amigos, inaugurou uma loja de peças decorativas e conheceu mais da dança. Bailarina por dois anos e meio, a menina sempre contou com o apoio do pai, seu empresário e fã incondicional. Na metade de 2005, porém, percebeu que a música a encantava, mas não somente para dançar. Decidiu, então, que seria uma artista completa. Assim, logo aos 14 anos, Amanda mostrou sua força ao abrir mão de seu tempo livre para se dedicar às aulas de canto e violão. Sorrindo, ela conta que percebeu o quanto o esforço estava valendo à pena quando, no início de 2006, enquanto tocava violão, compôs sua primeira canção.


O talento
Aguardando o fotógrafo chamá-la, Amanda aproveitou para dar uma polida no violão, seu fiel escudeiro. De longe, fiquei observando o sorriso de satisfação da garota, que não só limpou, suavemente, o instrumento, como também colocou-o no colo e, com os pés batendo levemente no chão, começou a tocar “Burguesinha”, canção famosa na voz de Seu Jorge. Mas engana-se quem pensa que Amanda apenas reproduz a música. Ela estica uma sílaba aqui, encurta uma palavra ali, canta forte o refrão, e não desanima nas outras estrofes. Parece ter esquecido de estar ao lado de mais quatro pessoas: cantando, Amanda porta-se como se estivesse diante de uma plateia numerosa. Põe emoção em cada palavra, emoção esta que faz os profissionais ao redor pararem seus afazeres para aplaudi-la. E ela não se encabula. Com grande sorriso na face quando posicionada em frente ao microfone, Amanda lembra uma criança que acaba de receber um doce. Expansiva, tem postura de quem sabe muito bem aonde quer chegar.


Aos 18 anos, já se completaram quatro desde que a determinação na busca de realizar seu sonho a acompanha diariamente. Ao invés de brincar, badalar e namorar, com o passar do tempo, Amanda preferiu, cada vez mais, a dedicação à música. E o caminho já está sendo trilhado. No dia 18 de agosto de 2006, aos 16 anos, Amanda fez seu primeiro show, organizado em parceria com o pai. “Não consegui patrocínio, mas no final, consegui me apresentar para várias pessoas que, além de me prestigiarem, me ajudaram a arrecadar alimentos para doar às cozinhas comunitárias da cidade”. Dois mil e sete chegou e, com ele, mais paixão de Amanda pela música. Maior que a paixão, no entanto, era sua vontade de vencer. “Notei que se eu realmente quisesse seguir carreira como cantora, precisaria estudar muito”. Por isso, Amanda começou a aperfeiçoar o canto por meio de aulas de técnica vocal. Atenta às oportunidades e buscando seu lugar ao sol, a menina de cabelos compridos e negros fez seu segundo show, desta vez na Festa da Solidariedade, tradicional em Joinville. “Cantei para um público de mais ou menos mil pessoas e, novamente, me senti em casa”, afirma Amanda, com brilho nos olhos.

As conquistas
Em maio de 2008 Amanda se inscreveu no “6º Festival Joinvilense da Interpretação da Canção Nacional”, concorrendo com mais 18 participantes. “Cantando apenas uma música, fiquei em quinto lugar”. Acreditando em seu potencial, Amanda decidiu encarar um concurso de calouros no programa de televisão “Som da Gente”, no qual conquistou a segunda colocação. “Ah, fiquei apenas um ponto abaixo do primeiro colocado”, suspira. Dois mil e oito também foi o ano em que Amanda se formou no Ensino Médio. Na formatura, a grande surpresa: “Minha família, após entrar em contato com Cezar Elbert, um produtor de São Paulo, fez uma famosa vaquinha e me deu um vale gravação de uma música”. Três meses se passaram e o quadro “Garagem do Faustão” foi lançado. Sem hesitar, Amanda
inscreveu seu clipe, que já soma expressivo número de acessos.
Paralelamente a competição global, a cantora de Joinville teve a opor tunidade de abrir o show de Paula Lima, que se apresentou na cidade este ano. “Estou correndo atrás. Sei que tudo tem hora e lugar cer to para acontecer”, enfatiza.








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9 de dez. de 2009

Linguarudos

A língua portuguesa sempre foi algo que me intrigou. Sempre foi algo pelo qual prezei muito também. Ontem mesmo li, em algum lugar, uma inquietação no sentido de existir tanta preocupação em que as pessoas aprendam um segundo, ou terceiro idioma, se mal sabem o emprego correto do português.

No blog muito legal, já citado aqui, foi publicado, hoje, um texto sobre dicas de linguística. São pequenos detalhes que muitas vezes nos passam despercebidos. Vale a pena conferir a importância devida.


1. Cuidado com a palavra NÃO
A frase que contém "não", para ser compreendida, traz à mente o que está junto com ela. O "não" existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo, pense em "não" (provavelmente, nada virá ã sua mente). Agora "não pense na cor vermelha", aposto que você pensou. Procure sempre falar no positivo, o que você quer e não o que você não quer.


2. Cuidado com a palavra MAS
Essa palavra nega tudo o que você falou antes dela. Por exemplo: "Você é bonita, inteligente, mas...". Uma pequena palavra pode mudar completamente o sentido da frase. Substitua MAS por E quando indicado.


3. Cuidado com a palavra TENTAR
Ela pressupõe uma possibilidade de falha. Por exemplo, "vou tentar encontrar com você amanhã às 8h". Há uma grande chance de não ir, pois, vou "tentar". Evite tentar, FAÇA!


4. Cuidado com as palavras DEVO, TENHO QUE ou PRECISO
Elas pressupõe que algo externo controla sua vida. Em vez delas use QUERO, DECIDO e VOU.


5. Cuidado com NÃO POSSO ou NÃO CONSIGO
Elas dão a idéia de incapacidade pessoal. Use NÃO QUERO, DECIDO NÃO ou NÃO PODIA, NÃO CONSEGUIA que pressupõe que vai poder ou conseguir.


6. Fale dos problemas ou descrições negativas de si mesmo, utilizando o tempo do verbo no passado
Isto libera o presente. Por exemplo: "eu tinha dificuldade de fazer isso" é bem mais animador do que "eu tenho dificuldade de fazer isso". Não é mesmo? Deixe seus problemas no passado.


7. Fale de mudanças desejadas para o futuro utilizando o tempo do verbo no presente
Por exemplo, em vez de dizer "vou conseguir", diga "estou conseguindo".


8. Substitua SE por QUANDO
Por exemplo, em vez de falar "se eu conseguir ganhar dinheiro, eu vou viajar", fale: "quando eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar". "Quando" pressupõe que você está decidido.


9. Substitua ESPERO por SEI
Por exemplo, em vez de falar "eu espero aprender isso", fale: "eu sei que vou aprender isso". "Esperar" suscita dúvidas e enfraquece a linguagem.


10. Substitua o CONDICIONAL pelo PRESENTE
Por exemplo, em vez de dizer "eu gostaria de agradecer a presença de vocês", diga "eu agradeço a presença de vocês". O verbo no presente fica mais concreto e mais forte.
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8 de dez. de 2009

Hard way

Eu sempre digo que não sou muito fã da tecnologia, embora goste dela... e, bom, faça uso constantemente... quer dizer, faça muito uso. Veja o que estou fazendo aqui, por exemplo. Então, melhor reformular isso aqui e dizer que, embora fã da tecnologia, não me dou muito bem com ela. É uma onda de blogs, microblogs, redes sociais etc. etc. etc. que tá difícil de acompanhar. Acho que aquela máxima de que funcionamos sob pressão tá funcionando mesmo pra mim. Pelo menos já adquiri noções básicas.

Felizmente, diferente de mim há várias pessoas, como as da matéria que reproduzo abaixo. Ela me foi mostrada pelo chefe que, junto comigo, tenta acompanhar e, quem sabe, entender todas as invenções tecnológicas que acontecem na velocidade da luz. Depois de lermos, achamos, de fato, importante estarmos inteirados do assunto, principalmente em nossa área de atuação. Saiu no portal Exame.


"No começo, qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia", disse o escritor inglês Arthur C. Clarke, autor do clássico da ficção científica 2001 -- Uma Odisseia no Espaço. Pois nunca houve tanta mágica à disposição das pequenas e médias empresas. Basta uma conexão à internet para colocar blogs, enquetes online, redes sociais e outras tecnologias para trabalhar pelo crescimento de um negócio. Muitas custam pouco ou são de graça -- outra mágica.


Para que exatamente elas servem? Como usá-las para aumentar vendas ou cortar custos? Os dez empreendedores desta reportagem encontraram a resposta: a tecnologia tem a utilidade que o homem encontrar para ela. As histórias das próximas páginas têm algo em comum -- em todas, o "como usar" não estava escrito no manual. É o caso de Rodolfo Reis, da Inovy, que recorre ao Twitter, aquela ferramenta feita para dizer o que você está fazendo agora, para economizar 30% na conta de telefone. Ou Rodrigo Ferraz, da AZ Empreendimentos, que usa uma enquete online para controlar o abastecimento de cerveja de seu restaurante -- seus custos com estoques já caíram 20%. Que esses e os outros casos contados aqui sirvam de inspiração para que você também coloque a tecnologia a serviço de sua empresa. Como se verá na reportagem, o importante é deixar a imaginação livre. É ela o bilhete para a viagem descrita por Clarke: "Os limites do possível só podem ser encontrados por quem se aventurar rumo ao impossível".


O cliente faz o produto
Fabio Seixas
Camiseteria, confecção, Rio de Janeiro, RJ
Faturamento: 1,8 milhão de reais
Ferramenta: Blog
Uso comum nos negócios: Manter um canal oficial de interação com os clientes
O que a Camiseteria faz: Desenvolve novos produtos com ajuda dos internautas
Resultado: Praticamente não há nenhum encalhe

Torpedos para produzir mais
Clóvis Souza
Giuliana Flores, floricultura online, São Paulo, SP
Faturamento: 16 milhões de reais
Ferramenta: SMS
Uso comum nos negócios: Enviar malas diretas para oferecer produtos
O que a Giuliana Flores faz: Manda um torpedo a quem comprou flores assim que elas são entregues
Resultado: A produtividade dos atendentes da central telefônica aumentou 133%

Os funcionários gastam menos
Rodolfo Reis
Inovy Fornecedora de TI, Poços de Caldas, MG
Faturamento: 1,2 milhão de reais
Ferramenta: Twitter
Uso comum nos negócios: Divulgar notícias sobre produtos
O que a Inovy faz: Orienta os funcionários a deixar recados no Twitter para cortar custos com ligações
Resultado: A despesa com telefonia móvel diminuiu 30%

Para cada foto, o cliente deixa um e-mail

Caito Maia
Chilli Beans, Rede de lojas de óculos, São Paulo, SP
Faturamento: 57 milhões de reais
Ferramenta: Webcam
Uso comum nos negócios: Fazer reuniões entre funcionários, clientes e fornecedores
O que a Chilli Beans faz: Coloca um computador com webcam dentro das lojas para coletar e-mails
Resultado: Já existem 150 000 contatos de interessados nos produtos da marca

O estoque diminuiu
Rodrigo Ferraz
AZ Empreendimentos, grupo de entretenimento, Belo Horizonte, MG
Faturamento: 25 milhões de reais
Ferramenta: Enquete online
Uso comum nos negócios: Pesquisar a opinião do mercado
O que a AZ faz: Usa as votações dos clientes na logística dos estoquesResultado: O custo do estoque caiu 20%

O brinquedo ficou sério

Guilherme Benchimol
XP Investimentos, corretora, Rio de Janeiro, RJ
Faturamento: 75 milhões de reais
Ferramenta: Game online
Uso comum nos negócios: Atrair mais acessos para o site da empresa
O que a XP fez: Criou um jogo online para aumentar as receitas
Resultado: 30% dos jogadores tornaram-se clientes

O cliente leva um susto
Rony Conde Marques
CMarqx, imobiliária, São Paulo, SP
Faturamento: 10 milhões de reais
Ferramenta: Chat
Uso comum nos negócios: Criar um canal para os consumidores tirarem dúvidas
O que a CMarqx faz: Prospecta novos clientes abordando internautas no siteResultado: 7,5% das vendas são feitas para pessoas detectadas pelo chat

Vamos estar monitorando sua ligação

Marcelo Rissato
VegaNet, call center, São Paulo, SP
Faturamento: 32 milhões de reais
Ferramenta: VoIP
Uso comum nos negócios: Reduzir gastos de ligações telefônicas
O que a VegaNet faz: Usa o sistema para fazer controle de qualidade do call center
Resultado: A produtividade dos funcionários que monitoram as ligações aumentou em 25%

O funcionário escreve as regras e as obedece
Luiz Alberto Ferla
Knowtec, pesquisa e inteligência de mercado, Florianópolis, SC
Faturamento: 6 milhões de reais
Ferramenta: Wiki
Uso comum nos negócios: Reunir informações inseridas e atualizadas pelospróprios funcionários
O que a Knowtec faz: Usa a wiki para disseminar processos entre as filiais
Resultado: Os custos com treinamento de funcionários recém-contratados caíram pela metade

Você está contratado!
Abel Reis
AgênciaClick, marketing digital, São Paulo, SP
Faturamento: 75 milhões de reais
Ferramenta: Rede social
Uso comum nos negócios: Fazer networking
O que a AgênciaClick faz: Busca funcionários numa rede social criada pela própria empresa
Resultado: Dez pessoas foram entrevistadas. Duas já foram contratadas

Veja a carinha de cada um e detalhes sobre cada negócio clicando aqui.

Mas me diz aí, o que você acha dessa onda de redes sociais que invadem nossa vida?

Ah, aproveite e me siga no twitter, me adicione no orkut e no facebook (que ainda estou desvendando).

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