21 de mar. de 2010

O Big Brother e a verdade

Na sexta-feira o Acontecendo Aqui anunciou, no Twitter, que a Globo estuda o lançamento do Big Brother Brasil em DVD. Fiquei assustada, confesso, porque aposto que, se a ideia vingar, um bom número de vendas está garantido.

Hoje, a Ilustrada, da Folha Online, publicou entrevista com Boninho, o diretor do programa. Ele disse que o BBB não é cultura, mas sim, um jogo cruel. A resposta que mais me chamou a atenção, porém, foi sobre o que há de melhor e de pior no programa. Boninho contou que o que mais o incomoda é quando os participantes conseguem ficar armados. "Mas geralmente a gente consegue desmontá-los", afirmou, acrescentando que sua intenção não é que todos se dêem bem: "A tendência do jogo é fazer com que eles briguem".

Não sei exatamente o que pensar sobre esse formato de programa. O que sei é que não gosto quando sentimentos são colocados em jogo. Quando alguém descobre te amar hoje mas, amanhã, não quer nem saber de ti. Ao contrário do diretor do BBB, que não está preocupado com conceitos psicológicos, isso é o que mais me preocupa, pois mexe com a verdade, conceito tão defasado na sociedade contemporânea.

O interessante é que os tais conceitos psicológicos que viram assunto quando algum reality show deste tipo é veiculado, não são só os participantes que tem a conduta "discutida". Os telespectadores acham que os conhecem tão bem - e de verdade - que chegam a discutir com quem avalia determinado jogador de forma diferente da sua. Ai, que complicação!


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